segunda-feira, 27 de julho de 2009

floresta invia

Do alto da montanha
O condor
Aprende com o beija-flor.

Demian - A auto-educação pode receber ajuda sugestão que se torna educativa na medida em que ativa forças latentes ou já em ação no individuo.)

SELVA URBANA
O silêncio é uma pedra preciosa
A vida um caminho complicado
A flor é um jardim solitário.
Os pássaros são de metal
As árvores símbolos de suicídio
O arco-íris cinza
Homicídio na esquina.
A amiga Vera suicidou-se
Na primavera.
A aquarela tem cor de vazio
Selva urbana
Urbana selva
Relva de concreto.
(Hesse - A necessidade de conhecimento é compulsiva, como a de liberdade e a de oxigênio.)

ANABRU AVLES
Flor esta domesticada
X veganx sai à caça
Floresta urbana
Encontra também
Descaso
Ironia
Sarcasmo.
(Anigav - x = a ou o - As universidades norte-americanas já provaram: os universitários saem como menor QI do que quando entraram nelas.)

Livro na estante
Pergunte as traças
Um conhecimento itinerante

(Anigav - Somos todos diferentes uns dos outros, inclusive pelo interesse em conhecer.)

Na copa um ninho
O pequeno sabiá
Aprendeu a ler observando
De fininho
Um livro que foi deixado pelo caminho

(Sinclair - A criança aprende tudo sozinha. Basta não impedi-la. Só precisamos ensinar-lhe detalhes tecnológicos.)

Monólogo do ingrediente
Numa plantação de consumidorxs
A modernidade é a barbárie
Ke se esconde em minúsculas letras
Imperceptível para os olhos
Perceptível para o tato
Dx outrx.
(Anigav – Alguns ingredientes são escondidos em letras minúsculas)

SUICIDADA PELA SOCIEDADE
Homenagem a Amanda.
Médica
Pedreira
Psicanalista.
Colhedora de resto de feira.
Putoeta
Amante
Linha de frente
Punk.
Descobriu que
Os corvos são seu melhores
Amantes.
E que a sociedade em que vivemos
Não lhe permite ser uma flor errante
Nesse mundo de phalus ignorantes
(Anigav - A paixão pela liberdade é mais forte que todos os calabouços! )

TEQUILA
Do alto da grande árvore
O abutre observa
Terráquexs da floresta
Se harmonizando num equilíbrio
Lento y evolutivo.
Do alto da grande torre
O condor observa
Terráquexs na floresta
Se harmonizando num equilíbrio
Rápido e destrutivo.
(Júlio - Ainda cabe muita gente no mundo: fome e miséria (de todos os tipos) não são conseqüência do excesso de seres humanos, mas da má distribuição de renda e da má gerência do planeta.)

PRAÇA ANTONIN ARTAUD
(Adaptação da lenda de Esopo, o leão e o beija-flor)

Aul foi-se e com ela xs terraquexs noturnos. O sol se apresentou com um copo de cerveja (a que não apóia rodeios, vaquejadas, touradas, ...). Uma pequena pétala negra voa com a ajuda do vento. Um pequeno beija-flor devorado por formigas caminha com a ajuda das mesmas, o vento se encarregava de socializar a cheiro.
O primeiro raio acariciou a rosa murcha ke acostumada à vida noturna, a lúgubre sordidez vida terráquea urbana. Ela levou um susto, não estava acostumada a carinhos espontâneos.
No jardim também habitava uma Mandragora ke vivia na dela, uma Salvia Divinorum que foi plantada recentemente por um terráqueo humano impar. Sempre vem visitá-la y trocar favores. Cannabis Sativa estava brotando num canto do jardim. Para completar o jardim existe uma grande árvore com uma navalha, apenas uma folha e um prego.
Tudo correria como algo condicionado para os terráqueos humanos, uma praça, um jardim, uma cidade, uma favela. Um mundo, um universo.
Numa noite dessas se aproximou um terráqueo humano par apressado e jogo uma “bituca” de cigarro no jardim e continuou seu caminho. A rosa murcha se esquivou com a ajuda do vento. A “bituca” caiu perto de Anigav uma pequena erva daninha que rapidamente começou a queimar.
--- Fogo! Fogo! – gritou à rosa murcha.
A Salvia Divinorum ao escutar leva um susto e grita:
--- Fogooooooooooooooo!
Começa um corre-corre no jardim, os insetos, pulgas, grilos e uma pequena rã saem correndo para se protegerem do fogo! A grande árvore, a rosa murcha, a mandrágora, a cannabis sativa e outras plantas se uniram e juntas começaram a balançar para apagar o fogo.
Um pequeno inseto ao vê-las resolveu voltar para ajudá-las.
--- O que você vai fazer? – disse o grilo – Acha que vão conseguir apagar o fogo sozinho?
--- Grilo, to fazendo a minha parte, se cada um ajudar vamos apagar o fogo. – disse e saiu sem perder tempo.
(Nanû Anigav da Silva – x=a ou o - As teorias educativas consistem em tirar alguma coisa antes de dar, censurar antes de oferecer modelos válidos, proibir e impor normas antes de socializar a experiência.)

Rio de Janeiro. Favela Dona Marta.Terceiro andar. Janela de frente com a praia. Vida urbana. Algumas gaivotas vêm visitá-la, pousando na árvore ao lado. Num pequeno vaso nasceu, cresceu e... Anigav a pequena rosa murcha no pequeno vaso.
Hoje observa terráqueos humanos como suvenir para o cérebro.
Um dia desses quis se jogar com a ajuda do vento, estava cansada de ser domesticada pela dona do apartamento que a tratava como suvenir para o cérebro e os sentidos humanos.
(Cádmio - Se não for libertária, toda a pedagogia é autoritária.)

LADR@
Furto-me na observação do tempo
Vagamundo é minha vida
Nômade na vadiagem por entre caminhos
Que se adaptam a minha gatuna solidão.
Ocupo o mesmo espaço duas vezes
Três se preciso for
Quatro só para ter certeza da minha sobrevivência
Sou um cafumango
(Anigav - Sem cárceres, nem fronteiras!)

MONÓLOGO DO PUNK É UM INVENTOR
Observa. Respira. Mistura. Vive. Sobrevive.
Cria.
Subexiste. Destrói. Rasteja.
Recria.
Entoca. Copia. Transforma Se movimenta.
Conspira.
Não espera acontecer.
Transpira.
Faz tu mesmx.
Sua entre aspas, sonoridade que cria farpas
Questiona o estabelecido.
Pira.
Jaz a padronização
Foda-se a estética Padrão
A beleza não é única
Ela é plural.
O arco-íris é uma mistura de cores
O singular morreu ontem
Destrói y constrói.
O Hardcore não é musica é estilo de vida.
O punk é uma inventora
Uma criadora que assassina o perfeito
A ovelha deixou de ser ovelha se tornou erva daninha
Hoje perambulam pelos becos, bueiros, vielas y avenidas.
Assassinou o pastor
O punk é um inventor.
O punk é ateu
Não apóia circos e zoológicos
O punk é um inventor
O punk é anti-deus.
Boicota multinacionais.
Boicota rodeios y touradas
Antiarte flui como suor pelos poros
Boicota vaquejada e toda opressão.
É contra homofobia, sexismo, xenofobia, racismo e fascismo
É contra ismos que atrasam lado.
A punk é uma inventora
Odeia Skinmerda
Odeia punk oi
Odeia a verdade absoluta.
O punk é uma inventora
criadora
O punk é criador y criadora
O punk é plural e radical.
E foda-se.
(Silva Nanû - Somos escravos é fato. Precisamos pensar como escravos? Isto é tudo ke querem de nós, ke amemos as nossas correntes – são muitos aqueles ke as amam e dão a vida por elas. Esses sim, são escravos totais; pensam como escravos, gostam de ser escravos. E nós? Somos escravos, mas escravos de ke tipo? Rebeldes? Dóceis? Audaciosos? Medrosos? Afinal, de ke tipo de escravos keremos ser? ???)

MONÓLOGO DA BANCA INTERNACIONAL
Na esquina
A banca de jornal
Anuncia que a banca
Internacional
Saqueou o dinheiro
E criou a miséria mundial
E lhe presenteou com esse circo legal
(Anun – 1000 cruzeiros – 1993 - Liberdade aos presos políticos! - Fica claro para toda a gente que os grandes partidos (os que gravitam à volta do poder) governam a favor da banca e dos grandes capitalistas.)

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