segunda-feira, 13 de abril de 2009

MONÓLOGO DA AUTÓPSIA
Fúnebre jazz
Na cadência do finito
Jaz um corpo
Inerte
Lúgubre
Na decadência da movimentação.
(Anigav - Quanto mais investigamos aquilo ke pensamos compreender, de onde viemos, o ke pensamos, ke estamos a fazer, mais começamos a ver ke fomos enganados. Fomos enganados por todas as instituições.)


Disse a pétala
Escuta a pequena moeda. 50 cruzeiros. 1983.
Esquecida. Estação Piqueri.
Tudo é de todxs!
(Anun - Eles (os ricos) que paguem a crise)


MONÓLOGO DO MONÓLOGO DO MONOPÓLIO
O ciclo se fez em pedaços
Em pedaços se fez o ciclo
Na água
Que é de todxs!
(Anigav - O ke faz pensar por um minuto ke a instituição religiosa é a única que não foi tocadas?)



Ama
O sol
Brilho da espada
Reflete sangue
Arma
Zona
A lua
Amazônia
De quem?
Eu respondo
De todxs
(Anigav - Não te preocupes com os homens por detrás das cortinas. Existe algo por trás do trono maior que o próprio rei.)


A CEIA SEGUNDO UMA PEQUENA FORMIGA
Tudo é de todxs!
(Anigav - Dividir para conquistar é o lema, e enquanto as pessoas continuarem a se ver como separadas de tudo/todo o resto, estão-se a entregar completamente a escravatura.)


MONÓLOGO DA TERRA
A água percorre caminhos por entre a Terra
A Terra corre por entre as águas
Num equilíbrio natural.
Descobre ke terráquexs humanxs são cancerígenos y
De um equilíbrio não natural.
(Anigav - Um processo ke tem sido desenvolvido durante séculos e a milênios:Religião, patriotismo, raça, saúde, classe e todas as formas de identificação separatista tem servido para criar uma população controlada, totalmente maleável nas mãos de alguns.)


MONÓLOGO DO NAZISTA
No jardim da banca internacional
Flores incolores
Marionetes
(Anigav - Na primeira guerra J.D. Rockefeller fez cerca de 200 milhões de dólares com ela, para não referir que custou 30 bilhões ao estado...)


MONÓLOGO DO SKINHEAD
Marionetes de bonecos de bonecos
(Anigav - Não se pode haver maior agressão ao meio ambiente do que plantar soja e cana em lugar de alimentos para xs famintxs. Os resultados ecológicos e sociais são óbvios.)


Beijo no cóccix
Beijo no anus
Beijo
beijos no córtex
beijo no ano.
(Anigav - Dentro das jaulas presos, “nossos”, essa é a visão ke temos dos animais não-humanos; tal como as flores, ke “enjaulamos” em vasos. A captura da natureza privilegia o ter, a posse, como necessidade para admirarmos o belo.)


A pequena “baga”
No canto quieta
A espera do apreciador
Ou
Da apreciadora
(Anigav – Faça você mesmx não espere por ninguém)


MONÓLOGO DO PRAZER
Dois mais dois é igual a cinco
Fumaça y Elis Regina
Katarro bruto y violenta dizimação
Estilhaços de ódio y cadáver do ser supremo
Putrefação humana.
Rabiscar y cerveja sem rodeios.
Androginia y ódio
Prazer
Fazer
É só começar
(Anigav – sexta-feira)


MONÓLOGO DO ATOR/ATRIZ
O teatro vazio
Urbanicidade
No ar, apenas o cálice de fumaça.
A THC lhe presenteou com a idéia
Lambuza-se no palco
Rasteja. Beija. Esfrega a vagina.
Vira de costa. Fica um tempo
Só observando. 15 minutos.
Esquete para o silêncio
Jesus cristo. No crucifixo. Ereto. goza
Barratas. Y Soraia
A limpadora de teatro e atriz
Cria sua peça
Naquela dia.
(Anigav - Um documento do governo norte-americano informa que algumas drogas, como o glutamato monossódico, usadas para realçar o sabor dos alimentos artificialmente produzidos, “causam danos irreversíveis à retina e levam à destruição de células nervosas do cérebro em crianças em desenvolvimento”. E por que se usa o glutamato? Por nada – ou melhor, por tudo. Porque sua presença (pasmem!) destina-se apenas a “melhorar o sabor para a mãe que experimenta o alimento”. E quem confessou isso foi a própria indústria que fabricava “alimentos” infantis contendo esses produtos. Ou seja, para “ganhar” a mãe, dá-se à comida um sabor que envenena a criança, podendo levá-la à cegueira.)


MONÓLOGO DO EUFEMISMO
Sobre a mesa
Surpresa
Sob a mesa
Sobremesa
Eis a questão?
(Anigav – acabo de peidar)


MONÓLOGO DO MATE O POLICIAL QUE EXISTE EM VOCÊ
Um estampido
Tiuuu! Tiuuu
Silenciador.
O rubro sangue escorrer por baixo da porta
Besouro Coleoptera marrom bolinhas brancas sujou uma das patas
No caminho até o jardim.
(Anigav - Terrorismo: técnica utilizada por governos como forma de manipular a opinião pública para alcançar mais eficientemente um objetivo.Controle y poder)


VIDAMORTA
Acordar
Trabalhar
Comer
Trabalhar
Comer
Ir dormir
O tempo
Nosso iniamigo
São pétalas que caem
Outono industrial.
Fabrica de valores padronizados.
(Anigav - O capitalismo não só é antiecológico, como está condicionado a poluir. E destruir. É o próprio processo ke impulsiona o sistema a agir assim, na procura de sua sobrevivência, ke se pratica buscando o lucro. Como o processo é dinâmico, transforma-se, adapta-se, e, mesmo não mudando seu conteúdo, é normal ke ele planeje a longo prazo. As vezes destrói de imediato para lucrar no futuro.)


Os anticorpos
Foi condicionado como o cheiro
São marcas de produto interior bruto.
(Anigav - Os Estados andam a financiar os bancos que estão na bancarrota, esses mesmos bancos que despejam as famílias que não podem pagar as hipotecas!!!)


MONÓLOGO DO TER MAIS QUE O NECESSÁRIO
Economicamente perdido
O tio patinhas
Perdeu o ke é de Cezar.
Num pequeno buraco ke serve de escape para terraquexs alienígenas.
(Anigav - Houve um porém: o bolo não tinha cor, ficava meio branco e os consumidores o rejeitaram. Solução: corantes. O corante usado anos a fio foi um agente cancerígeno derivado do alcatrão da hulha. Mas, descoberto o crime, vetou-se o produto. Só que os industriais, espertos, não voltaram a usar o número de ovos necessário. Simplesmente obrigaram as galinhas a botarem ovos amarelíssimos.)


FLORESTA URBANA
Hexaclorodifenilmetano
(Anigav - A revolução é agora)


MONÓLOGO DA ELIS REGINA
Subi o morro cantando
“Não sei quantas flores
Mesmo assim vou me acabando”
Na fria noite de sexta-feira
Abutres sobrevoam o toca-vinil
(Mormodica charantia - OLHEM para os atos terroristas que ocorreram. A CIA está por detrás da maioria senão todos eles.)


O copo in loco
O bar da esquina
O olhar e o cheiro in foco
Da menina.
(Citrus limonon - “Um dia o sol irá se pôr para sempre...”)