segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MONÓLOGO DA BICICLETA
La vem ela... EM SILÊNCIO
Na passarela DESSE CONSENSO... FABRICADO pelas maquinas poluidoras
Na rua
Na viela.
Vem ela
E com ela A MOVIMENTAÇÃO
A saúde
O respeito
E a aquarela A AÇÃO
De um mundo para todxs.
(Anigav – Recicle ou morra – três putoesias em uma)

BICICLETA
Na observação da vida
Dos momentos
Do jardim das casas alheias
Do cheiro da rua
Da cores arco-íris
Das flores rural e urbana
Ela lhe proporciona
Um completo prazer no desprazer
Sem poluir mais que o necessário.
(Brian A. Dominick - A esmagadora maioria de nós vê o mundo e vê-se a si mesmx de forma condicionada pelas instituições que controlam as nossas vidas, como por exemplo, o governo, a família, o casamento, a igreja, as empresas, a escola, etc. cada uma destas instituições, por sua vez, faz parte do que eu chamo Estabelecido. Uma entidade que existe somente para perpetuação do poder de uma relativa minoria. Apoiada pela paixão das elites, de mais e mais poder, o Estabelecido desenha necessariamente o poder sobre o resto do mundo, a partir do domínio.)

RIBEIRÃO BAGUAÇU
Inverno. Vindo do sul em direção ao norte. Anigav. A pequena andorinha descobriu que a água não se vende. Que é para todos. Bebeu e seguiu a viagem.
(Beatriz - A vida é curta e fugaz, a que ser vivida com intensidade porque senão no tem sentido viver, temos que aprender que o silêncio e nossa passividade nos faz cúmplices dos tiranos, lacaios e déspota o mundo.)

Uma gota caída numa folha caída do pé de jaca foi suficiente para Anita. A pequena libélula. Saciar sua sede.
(Anigav - “Entramos em uma época em que las minorias Del mundo comienzan a organizarse contra los poderes que les dominan y contra todas las ortodoxias” – Felix Guattari”)


Aparecida ao observar sua realidade, seu mundo, além de seu umbigo, seus problemas, seu corpo,suas amigas, ... E ao abrir a torneira da cozinha – logo que chegou da caminha matutina - e matar a sede, descobriu que a água é de todos! Não esta a venda.
(Anigav - “A Guerra da Tríplice Aliança. Brasil. Argentina e Uruguai tiveram a seu cargo o genocídio. Não deixaram pedra sobre pedra nem habitantes varões entre os escombros. Embora a Inglaterra não tenha participado diretamente na horrorosa façanha, foram seus mercadores, seus banqueiros e seus industriais que se beneficiaram com o crime do Paraguai. A invasão foi financiada, do começo ao fim, pelo Banco de Londres, a casa Baring Brothers e banco Rothschild, em empréstimos com juros leoninos que hipotecaram o destino dos países vencedores” – Galeano)

BORBOLETA ARCO-ÍRIS
Na domesticação do jardim
Ela foi à única
Que se revoltou
Com o consenso tácito
(Eva - Qual é o nosso objetivo? Bem, falando claramente, queremos mudar o mundo, para que possamos viver em uma sociedade regida de acordo com os princípios de democracia participativa, igualdade real e total liberdade para todos os homens e mulheres. Em outras palavras, queremos construir uma sociedade sem classes, que não haja aqueles poucos que dão ordens e uma grande maioria que as recebe – isto é o que significa Anarquia.)

MONÓLOGO DO CONLUIO
Na imensidão da floresta
Ke resta
Três joaninhas conspiram
A morte dos de cima.
(Anigav - Lugar de criança é na rua. Abaixo a castração!)

Na crucificação
A pequena aranha
Descobriu que não
há deuses e sim
Peças no tabuleiro

(Anigav - A revolta contra a civilização é a cura de uma profunda ferida de 10.000 anos de domesticação, é a destruição dos agentes que tem nos causado este pesadelo. Existe uma guerra contra esta máquina, contra o roubo de nossa vida e a destruição do nosso planeta. Uma guerra pela vida contra a civilização. E a pergunta não poderia ser outra: De que lado você esta?)

Voava
A mosca da carne
Sobre o campo de concentração
Granja da Carmem.

(Formiga da madeira - A responsabilidade revolucionária, para mim, é o adiantamento deste colapso, é o jogar com elementos que provoquem o desmanche da ilusão, é a sabotagem de toda estrutura física que sustenta esta máquina, é o ataque surpresa a toda normalidade, é a destruição de toda jaula e o ataque a todo carrasco e carcereiro, é a vingança contra todo domesticador.)

INVENTOR
Acabo de inventar
Que sei inventar
Y por isso inventei
De inventar
Ke tudo é de todxs
E não de poucxs!
(Anigav - O ataque ao sistema deve ser tão variado e diverso o quanto a imaginação permitir. A arte de atacar e de se retirar é vital aqui.)

VERAPRIMA
Hoje
Pé de goiaba
Beija-flor
Aproxima-se para socializar informação.
(Oryctes nasicornis - O sistema obviamente não teme as pequenas ações, o que ele teme é a difusão destas pequenas ações, pois por sua facilidade de reprodução pode despertar a paixão da revolta contida entre os indivíduos explorados.)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

floresta invia

Do alto da montanha
O condor
Aprende com o beija-flor.

Demian - A auto-educação pode receber ajuda sugestão que se torna educativa na medida em que ativa forças latentes ou já em ação no individuo.)

SELVA URBANA
O silêncio é uma pedra preciosa
A vida um caminho complicado
A flor é um jardim solitário.
Os pássaros são de metal
As árvores símbolos de suicídio
O arco-íris cinza
Homicídio na esquina.
A amiga Vera suicidou-se
Na primavera.
A aquarela tem cor de vazio
Selva urbana
Urbana selva
Relva de concreto.
(Hesse - A necessidade de conhecimento é compulsiva, como a de liberdade e a de oxigênio.)

ANABRU AVLES
Flor esta domesticada
X veganx sai à caça
Floresta urbana
Encontra também
Descaso
Ironia
Sarcasmo.
(Anigav - x = a ou o - As universidades norte-americanas já provaram: os universitários saem como menor QI do que quando entraram nelas.)

Livro na estante
Pergunte as traças
Um conhecimento itinerante

(Anigav - Somos todos diferentes uns dos outros, inclusive pelo interesse em conhecer.)

Na copa um ninho
O pequeno sabiá
Aprendeu a ler observando
De fininho
Um livro que foi deixado pelo caminho

(Sinclair - A criança aprende tudo sozinha. Basta não impedi-la. Só precisamos ensinar-lhe detalhes tecnológicos.)

Monólogo do ingrediente
Numa plantação de consumidorxs
A modernidade é a barbárie
Ke se esconde em minúsculas letras
Imperceptível para os olhos
Perceptível para o tato
Dx outrx.
(Anigav – Alguns ingredientes são escondidos em letras minúsculas)

SUICIDADA PELA SOCIEDADE
Homenagem a Amanda.
Médica
Pedreira
Psicanalista.
Colhedora de resto de feira.
Putoeta
Amante
Linha de frente
Punk.
Descobriu que
Os corvos são seu melhores
Amantes.
E que a sociedade em que vivemos
Não lhe permite ser uma flor errante
Nesse mundo de phalus ignorantes
(Anigav - A paixão pela liberdade é mais forte que todos os calabouços! )

TEQUILA
Do alto da grande árvore
O abutre observa
Terráquexs da floresta
Se harmonizando num equilíbrio
Lento y evolutivo.
Do alto da grande torre
O condor observa
Terráquexs na floresta
Se harmonizando num equilíbrio
Rápido e destrutivo.
(Júlio - Ainda cabe muita gente no mundo: fome e miséria (de todos os tipos) não são conseqüência do excesso de seres humanos, mas da má distribuição de renda e da má gerência do planeta.)

PRAÇA ANTONIN ARTAUD
(Adaptação da lenda de Esopo, o leão e o beija-flor)

Aul foi-se e com ela xs terraquexs noturnos. O sol se apresentou com um copo de cerveja (a que não apóia rodeios, vaquejadas, touradas, ...). Uma pequena pétala negra voa com a ajuda do vento. Um pequeno beija-flor devorado por formigas caminha com a ajuda das mesmas, o vento se encarregava de socializar a cheiro.
O primeiro raio acariciou a rosa murcha ke acostumada à vida noturna, a lúgubre sordidez vida terráquea urbana. Ela levou um susto, não estava acostumada a carinhos espontâneos.
No jardim também habitava uma Mandragora ke vivia na dela, uma Salvia Divinorum que foi plantada recentemente por um terráqueo humano impar. Sempre vem visitá-la y trocar favores. Cannabis Sativa estava brotando num canto do jardim. Para completar o jardim existe uma grande árvore com uma navalha, apenas uma folha e um prego.
Tudo correria como algo condicionado para os terráqueos humanos, uma praça, um jardim, uma cidade, uma favela. Um mundo, um universo.
Numa noite dessas se aproximou um terráqueo humano par apressado e jogo uma “bituca” de cigarro no jardim e continuou seu caminho. A rosa murcha se esquivou com a ajuda do vento. A “bituca” caiu perto de Anigav uma pequena erva daninha que rapidamente começou a queimar.
--- Fogo! Fogo! – gritou à rosa murcha.
A Salvia Divinorum ao escutar leva um susto e grita:
--- Fogooooooooooooooo!
Começa um corre-corre no jardim, os insetos, pulgas, grilos e uma pequena rã saem correndo para se protegerem do fogo! A grande árvore, a rosa murcha, a mandrágora, a cannabis sativa e outras plantas se uniram e juntas começaram a balançar para apagar o fogo.
Um pequeno inseto ao vê-las resolveu voltar para ajudá-las.
--- O que você vai fazer? – disse o grilo – Acha que vão conseguir apagar o fogo sozinho?
--- Grilo, to fazendo a minha parte, se cada um ajudar vamos apagar o fogo. – disse e saiu sem perder tempo.
(Nanû Anigav da Silva – x=a ou o - As teorias educativas consistem em tirar alguma coisa antes de dar, censurar antes de oferecer modelos válidos, proibir e impor normas antes de socializar a experiência.)

Rio de Janeiro. Favela Dona Marta.Terceiro andar. Janela de frente com a praia. Vida urbana. Algumas gaivotas vêm visitá-la, pousando na árvore ao lado. Num pequeno vaso nasceu, cresceu e... Anigav a pequena rosa murcha no pequeno vaso.
Hoje observa terráqueos humanos como suvenir para o cérebro.
Um dia desses quis se jogar com a ajuda do vento, estava cansada de ser domesticada pela dona do apartamento que a tratava como suvenir para o cérebro e os sentidos humanos.
(Cádmio - Se não for libertária, toda a pedagogia é autoritária.)

LADR@
Furto-me na observação do tempo
Vagamundo é minha vida
Nômade na vadiagem por entre caminhos
Que se adaptam a minha gatuna solidão.
Ocupo o mesmo espaço duas vezes
Três se preciso for
Quatro só para ter certeza da minha sobrevivência
Sou um cafumango
(Anigav - Sem cárceres, nem fronteiras!)

MONÓLOGO DO PUNK É UM INVENTOR
Observa. Respira. Mistura. Vive. Sobrevive.
Cria.
Subexiste. Destrói. Rasteja.
Recria.
Entoca. Copia. Transforma Se movimenta.
Conspira.
Não espera acontecer.
Transpira.
Faz tu mesmx.
Sua entre aspas, sonoridade que cria farpas
Questiona o estabelecido.
Pira.
Jaz a padronização
Foda-se a estética Padrão
A beleza não é única
Ela é plural.
O arco-íris é uma mistura de cores
O singular morreu ontem
Destrói y constrói.
O Hardcore não é musica é estilo de vida.
O punk é uma inventora
Uma criadora que assassina o perfeito
A ovelha deixou de ser ovelha se tornou erva daninha
Hoje perambulam pelos becos, bueiros, vielas y avenidas.
Assassinou o pastor
O punk é um inventor.
O punk é ateu
Não apóia circos e zoológicos
O punk é um inventor
O punk é anti-deus.
Boicota multinacionais.
Boicota rodeios y touradas
Antiarte flui como suor pelos poros
Boicota vaquejada e toda opressão.
É contra homofobia, sexismo, xenofobia, racismo e fascismo
É contra ismos que atrasam lado.
A punk é uma inventora
Odeia Skinmerda
Odeia punk oi
Odeia a verdade absoluta.
O punk é uma inventora
criadora
O punk é criador y criadora
O punk é plural e radical.
E foda-se.
(Silva Nanû - Somos escravos é fato. Precisamos pensar como escravos? Isto é tudo ke querem de nós, ke amemos as nossas correntes – são muitos aqueles ke as amam e dão a vida por elas. Esses sim, são escravos totais; pensam como escravos, gostam de ser escravos. E nós? Somos escravos, mas escravos de ke tipo? Rebeldes? Dóceis? Audaciosos? Medrosos? Afinal, de ke tipo de escravos keremos ser? ???)

MONÓLOGO DA BANCA INTERNACIONAL
Na esquina
A banca de jornal
Anuncia que a banca
Internacional
Saqueou o dinheiro
E criou a miséria mundial
E lhe presenteou com esse circo legal
(Anun – 1000 cruzeiros – 1993 - Liberdade aos presos políticos! - Fica claro para toda a gente que os grandes partidos (os que gravitam à volta do poder) governam a favor da banca e dos grandes capitalistas.)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Solidariedade

Cadáveres são suvenir para o paladar
O vento passou rapidamente
rapidamente
E deixaram-me cicatrizes
Cicatrizes
cicatrizes
Na mente.
Mente
Na mente
Inconsciente consciente
Inconsequentemente
incoerente
gente.
gente?
A morte humana
Pousa no jardim
No jardim
No jardim sem flores
No jardim da galaxias
Na lapide
Na lapide três
(Anigav - Outras vítimas dos Carecas do ABC reconheceram agressores. Daniel Braga, foi agredido na praça da República por Henrique Velasco, Edilene Bezerra (que portava o malfadado soco inglês) e Davi Santos Jr. em fevereiro de 1999. Daniel era um homossexual. )

Pé de abiu
A aranha amarela e preta
Ocupa uma casa de joão-de-barro

(Anigav – deus é um cão fiel)

Deus
A verdade é que as verdades são mentiras
É um cão fiel

(Anigav - Até a destruição de todas as prisões!)

Ocupo as palavras
E picho na parede do universo
Putoezia

Vaccinium myrtillus - “Um movimento que não é capaz de apoiar seus companheiros na prisão está destinado a morrer, e num preço alto sob uma tortura atroz”.)

Casa de joão-de-barro
O vento balança as folhas da mangueira
Morada de bem-te-vi

(Apium graveolens - A solidariedade não deve ser vista através das lentes do dever, da obrigação ou da caridade, nem requer um relacionamento pessoal ou uma identificação política absoluta com aqueles encarcerados, mas sim é um meio de fortalecer nossas ligações como colaboradore/as em uma conspiração contra o existente. Solidariedade é a nossa arma pela qual atacamos não somente a prisão, mas todas as estruturas do poder em uma continuação da luta social como um todo. Ao mesmo tempo, a solidariedade é uma arma usada para obter o resultado prático imediato de libertação de nossxs companheirxs presxs.)

Emunctórias
Numa pequena poça de água
Chuva passageira
O reflexo de um Ortofenilfenol

(Lamium album - Os trabalhadores, os jovens, as mulheres, os marginais, os desempregados têm que forjar sua aliança pouco a pouco; criar suas afinidades, organizações, assembléias, conselhos, e logo trabalhar seus planos para sua libertação final: destruindo o Estado, erradicando o capital e limpando sua mente de todas as religiões e superstições. Esse será o dia para celebrar.)

MONÓLOGO DA MASTURBAÇÃO
Um pequeno espetáculo para si mesmx NA IMENSIDÃO DO TEMPO
Monólogo UMA ESQUETE SOLITÁRIA NO CANTO DO TEATRO
IMPERCEPTIVEL PARA OS OLHOS
PERCEPTIVEL PARA O OLFATO
SEXO IMAGINAL
NO SACROSSANTO
(Arbustus unedo - O punk Antônio de Pádua identificou José Nilson Pereira e Roberto Gros Dias como membros da gangue skinheads que o atacou em setembro de 1998 Pádua perdeu uma mão. Ninguém fez nada, “o rapaz era punk.”)

Lagarta matizada lycophotia
Expropria a lua
Numa pequena poça de água

(Sambucus nigra – Há algumas semanas skinheads humilhavam e constrangiam prostitutas nas imediações da Rua Augusta de São Paulo. Nada foi feito, “afinal eram prostitutas.”)

O gato negro
Esquina da rua 7
Expropria!

(Anigav - Dia 07 de dezembro de 2004 dois jovens foram obrigados a saltar de um trem em movimento na estação Braz Cubas, por um grupo de skinheads, Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, de 16 anos, teve o braço amputado na queda e Cleiton da Silva Leite, de 20 anos, sofreu traumatismo craniano grave, com exposição de massa encefálica. Será que dessa vez também nada será feito????)

Periferia
Ge - ral - men – te fu – tu – ro
Imperfeito

(Anigav - Ao ver um skinhead ou uma pessoa com atitudes intolerantes, DENUNCIE!)

Na esquina 2
Cheiro de passado
Outono verão

(Anigav - Todos os dias violências são cometidas contra negros, migrantes e minorias por diferentes skins: carecas do Brasil, carecas do ABC, carecas do subúrbio, white powers e outras "facções" , através de agressões verbais, físicas, ou demais procedimentos intolerantes e discriminatórios para constranger e humilhar, aqueles que consideram inferiores. Mesmo negando, é evidente, que eles possuem influências nazistas ou integralistas, basta olhar para as constantes vitimas de seus ataques: Negros, Nordestinos, Judeus, homossexuais e punks, estes últimos são atacados por simpatizarem ou possuírem a ideologia anarquista e idéias libertárias como meio de vida.)

Numa vasta plantação
Salvia divinorum
A casa de joão-de-barro
Ocupada por corvos.

(Anigav - “Existe uma verdadeira parafernália para conseguir dobrar os jovens nos EUA, e o remédio é bem simples: consiste em criminalizar, e mais, patologizar os jovens norte-americanos rebeldes, inconformados com o autoritarismo e que o desafiam. É só considerarmos todos, com transtornos mentais, e dermos tranqüilizantes, anfetaminas e outras substâncias psicotrópicas. A Associação Estadunidense de Psiquiatria batizou a suposta patologia em 1980: é denominada de desordem de oposição desafiante (ODD, sua sigla em inglês) e não se aplica aos delinqüentes juvenis. Mas sim aqueles que não recorrem a atividades ilegais, mas demonstram “um comportamento negativo, hostil e desafiante”.)

Chuva forte
Dois bem-te-vis se protegem
Na nova ocupação
Casa de joão-de-barro.

(Anigav - “Para mim é tão odioso seguir quanto guiar”)

TODXS SOMOS TERRÁQUEXS!
Aral
A pequena andorinha
Volta do leste
Indo para o sul
Pé de jatobá.

Descanso.

Acissej
A pequena sabiá
Indo para o oeste
Em busca do sol.
Pé de jatobá
(Anigav - Grandes mudanças da história normalmente têm início com a mudança da mentalidade de poucas pessoas.)

Na floresta ínvia
Miragens de um jardim urbano
A rosa vermelha
Faz sangrar humanxs

(Nanû – O x aqui usado é para destruir língua machista (lexias) e construir uma linguagem onde a mulher não seja coadjuvante de sua história)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

beijos no coccix

O copo in loco
O bar da esquina
O olhar e o cheiro in foco
Da menina.

Citrus limonon - “Um dia o sol irá se pôr para sempre...”)

Na capoeira
Bemtevi e Primavera
Angola flui.

Uma - Dezembro de 1992, skinheads espancam Aécio Cândido dos Santos, na Avenida Paulista, em São Paulo. Ninguém fez nada, afinal “ele era negro”.)

MONÓLOGO DA PARTIDA
Na rua de cima a partida de futebol seguia-se com um gol de Aninha;
Na rua de baixo partia Florbela pra uma viagem sem volta;
Na esquina J.W. Bush sangrava com a cabeça partida;
No jardim, o pequeno beija-flor estava de partida para outra flor.
De partida em partida
Parto-me nesse aborto de deus
(Nanû - Março de 1996 - O skinhead G.A.C.W., 17, confessou ter matado Carlos Adilson Siqueira com um tiro na nuca quando este voltava para casa, no centro de Curitiba (PR). Siqueira era negro.)

MENTES APRISIONADAS
Nesse imenso vazio desértico de mentiras absolutas
Mitos de verdades imperfeitas
De uma vida não plural
Marcada por um saber onipontente;
A dor, nossa amiga nas horas de aviso
Passou a ser tratada como inimiga número uno;
O cheiro passou a ser aprisionado num frasco do status quo;
O olhar verticalizou-se na pirâmide construída para único;
Os sentidos encarcerados e julgado culpado por ser autogestão natural;
O sexo uma mistura constante de sabores habita produtos dissabores;
Mentes aprisionadas na grade do invisível
Mentes construídas em laboratórios de vivissecção humana.
Ontem eles me disseram que tudo não passou de um mito
Hoje... Eles me disseram que o mito se transformou em um rito
De passagem para um mundo de verdades construídas para o controle
Eu nada respondi
Nem muito menos questionei-me.
Hoje mitos e ritos se fundem na complexidade das instituições
De uma verdade imperfeita
Apenas para controle.
(Nanû - Um arrastão promovido por 20 skinheads no Burger and Beer, na Consolação, resultou na morte do artista plástico Nilton Verdini Silva. Ninguém fez nada, afinal, ali era um ponto de encontro de homossexuais.)

MONÓLOGO DA MARGINALIDADE
A margem do rio
O beija-flor encontra-se
Com o carcará

A margem da cidade
A formiga encontra-se
Com a aranha

A margem da literatura
O rabiscador encontra-se
Com a rabiscadora

A margem da escrita
A putoeta encontra-se
Com o poeta

A margem
A marginalidade criativa resiste
Ao ímpeto pós-adolescente
Diante da civilidade
Cada vez mais psicótica e desumana.
(Homero – é necessário tranformar os sentimentos de inadequação em coragem e versalidade a kada instante da luta diária. Muitos não resistiram e acabaram mordendo a tentadora isca da ética do capital e caíram no canto da sereia da segurança econômica e afetiva, mesmo sendo um percurso de vida medíocre.)

MONÓLOGO O ÓCIO CRIATIVO
Na noite de terça
O sol acordou
Para escutar a sinfonia das rãs.
No dia de quarta
A lua levantou-se
Para escutar a serenata
Ke o sol lhe criou.
(Mais – “Ke o futuro será de kem exercitar o ócio criativo)


MONÓLOGO DA INVERSÃO
TRISTEMENTE Seguro em MEUS PÉS um CÁLICE
FUMAÇA tatuado no jardim URBANO DA NOITE
Observando DE PERTO a CAMINHADA
A passos RÁPIDO
O bem é mal
O mau é bom
Pergunte as maripozas BRANCAS
NO SOL DE TERÇA.
CALOR.
(Nanû – A modernidade é barbárie)

MINHAS MÃOS
Minhas mãos
Mãos minhas
O que ei de fazer agora?
Agora que estou perto do botão
Que dá fim a todas as mãos?
(Gramsci - Liberdade à Shark! Liberdade à Peltier! Liberdade à John Graham! Liberdade aos Guerreiros Mapuches! Liberdade aos Guerrreiro de Atenco e Oaxaca! Liberdade à Jacabo e Glória! Liberdade à Mumia! Derrube todas as acusações contra Moi Jr. Valary! Não às Olimpíadas sobre Terra Nativa! Não à mineração! Derrubemos a Sun Peaks! Nenhuma estação de esqui em Melvin Creek! Derrubemos as areias de petróleo! Não aos projetos de energia independente (barragens)! Não à expansão das rodovias e ferrovias!)


ÁLIBI IMPERFEITO
Um ato
Na finita imagem de meus olhos.
Um fato
No infinito reflexo de minha realidade
(Auto cadáver - Ouse ser diferente. Tenha disciplina e foco nos seus objetivos. Transgrida se for por uma vida mais justa. Ame a honestidade desejando o fim dos corruptos. Compartilhe. Pense, olhe, ouça, sinta. Cumplicidade não é conivência. Humildade não é subserviência. Deseje ao outro o que gostaria pra si. Aprimore suas estratégias. Estude sempre. Se informação é poder, se empodere. Seja Simples...)

EMPATIA
Na flor da idade
A margarida sentiu
O ke a Imbaúba sentiu
Quando a Preguiça caiu
Do pé de abiu
(Nanû Anigav – Em setembro de 1992, os skinheads invadiram a rádio Atual no bairro do Limão, em São Paulo, dispararam dois tiros e picharam o saguão com slogans antinordestinos. No local funciona o Centro de Tradições Nordestinas(CNT). Depois disso, durante uma festa no CTN, o locutor Jorge Mauro recebeu uma caixa com um objeto metálico e um bilhete contendo ameaças. Nada foi feito “eles eram nordestinos.”)

Na floresta do ínvio
A Preguiça observa o Jupará
Ke observa o Macaco-da-noite
Ke observa o Tamanduá
Ke observa o Ornitorrinco
Namora
Com o esquilo voador

Naua, Anigav, Nanû e Acissej da silva pereira passos torres limeira dos santos – Também em setembro de 1992, skinheads espancam dois adolescentes judeus no centro de Santo André(SP). Os garotos usavam solidéus (chapéu usado em cerimônias religiosas). Ninguém fez nada, “eles eram judeus”.)

Na floresta ínvia
Miragens de um jardim urbano
A rosa vermelha
Faz sangrar humanxs

Nanû – O x aqui usado é para destruir língua machista (lexias) e construir uma linguagem onde a mulher não seja coadjuvante de sua história)

DUAS FLORES
(homenagem a Aul/Aral)

Duas flores;
Uma nasceu na lápide sete
Primavera.
Imenso minúsculo jardim.
Outono.
Em cima da árvore, a outra.
(C.U.S.P.E. – L@ Putoema – escarrando farpas y navalhas na sua face)


MONÓLOGO DA CRIANÇA
A criança não é minha
Também não é sua
Nem dele
Ou dela.
É apenas
Da liberdade.
(Avles Retlav Sevla - Dezembro de 2000, um grupo de skinheads ataca o advogado Emanuel Jorge Santana com sete punhaladas nas costas, dessas uma atinge o pulmão e outros órgãos vitais. Apesar das testemunhas e da agressividade do ato, o principal acusado do crime, conhecido como Fabio Cavalo, foi absolvido pela justiça.
Mais uma vez, ninguém fez nada. Jorge “era só um nordestino que visitava São Paulo”.)

MONÓLOGO DO TERRORISMO
Na caixa de pandora
O presente é...
Ke no futuro
O terrorista é você,
Ao dizer ke só quer ser livre.
(Nanû - Em fevereiro de 2000, um grupo de skinheads espancou até à morte o jovem Edson Néris, adestrador de cães, na Praça da República. Segundo testemunhas o espancamento foi longo, mas, ninguém fez nada. “Ele era um homossexual” )

sexta-feira, 8 de maio de 2009

zias

NEM ROSA NEM CRAVO
A pequena garoa banha lentamente a rosa
Ke se escraviza no jardim urbano
O pequeno raio solar banha lentamente o cravo
Ke se escraviza no urbano jardim
Afinal, ke tipo de escravos queremos ser?
Rebeldes? Dóceis? Audaciosos?
Medrosos?
(kaskazim - Em setembro de 1992, os skinheads invadiram a rádio Atual no bairro do Limão, em São Paulo, dispararam dois tiros e picharam o saguão com slogans antinordestinos. No local funciona o Centro de Tradições Nordestinas (CTN). Depois disso, durante uma festa no CTN, o locutor Jorge Mauro recebeu uma caixa com um objeto metálico e um bilhete contendo ameaças. Nada foi feito “eles eram nordestinos.” )

Sou como o pequeno pardal
Ke boicota a Coca-cola
E “cola” nos quintais
Dessa favela mundial
(Em setembro de 1992, skinheads espancam dois adolescentes judeus no centro de Santo André (SP). Os garotos usavam solidéus (chapéu usado em cerimônias religiosas). Ninguém fez nada, “eles eram judeus”.)

terça-feira, 5 de maio de 2009

putoezias

MONÓLOGO DO MITO
Numa plantação de Sálvia divinorum
O pequeno Tiziu
Observa a mentira
Usar mascara de verdade
Pois a verdade é uma grande mentira
(Artaud - É preciso que x humanx se passe com armas e bagagens para o lado dx humanx – Breton)

MONÓLOGO DA REALIDADE
O pequeno sapo descobriu
Riu
As baratas já sabiam
As formigas cansadas de saberem
Os tubarões riem
As toupeiras gargalham
Os vírus se deliciam.
Todxs já sabiam
Menos nós... humanxs
Nós humanxs
Fomos enganados
Por todas as instituições.
(NaNû - Moradores do bairro de Nea Filadélfia ocuparam um prédio vazio que pertencia ao município para transformá-lo em um Centro Autogestionário.)



MONÓLOGO DA INSINUAÇÃO
O olho esquerdo sentiu
Mais não deu atenção.
De longe
De longe a mira laser da G3
Insinuava-se para a cabeça
De J. Rockfeller
Que se insinuava
Em ter mais Ke o necessário!
(Anigav - A ditadura militar acabou. Mas não acabou a opressão, a exclusão, a tortura, a morte, os desaparecidos. Hoje nos submergem na exclusão e na miséria, os mesmos que se diziam companheiros de luta! Não acreditamos que a democracia seja o melhor dos sistemas possíveis, essa é outra mentira de merda! Acreditamos em nós, e nos nossos, aqueles tanto anônimos que afiam seus sonhos de liberdade em cada rincão, nas ruas dos inimigos, acreditamos e lutamos pela Anarquia! Por isso estamos em guerra! Liberdade para os prisioneiros do Estado e do Capital!Liberdade para todos nós!
Amor e Revolução!)

MONÓLOGO DA MODA
Um pedaço de pano
Enfeita status quo
Que quo!
(Xenônio - "Meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências (...) Constato não para me adaptar, mas para mudar” (PAULO FREIRE))

putoezias

MONÓLOGO DO MITO
Numa plantação de Sálvia divinorum
O pequeno Tiziu
Observa a mentira
Usar mascara de verdade
Pois a verdade é uma grande mentira
(Artaud - É preciso que x humanx se passe com armas e bagagens para o lado dx humanx – Breton)

MONÓLOGO DA REALIDADE
O pequeno sapo descobriu
Riu
As baratas já sabiam
As formigas cansadas de saberem
Os tubarões riem
As toupeiras gargalham
Os vírus se deliciam.
Todxs já sabiam
Menos nós... humanxs
Nós humanxs
Fomos enganados
Por todas as instituições.
(NaNû - Moradores do bairro de Nea Filadélfia ocuparam um prédio vazio que pertencia ao município para transformá-lo em um Centro Autogestionário.)


MONÓLOGO DA INSINUAÇÃO
O olho esquerdo sentiu
Mais não deu atenção.
De longe
De longe a mira laser da G3
Insinuava-se para a cabeça
De J. Rockfeller
Que se insinuava
Em ter mais Ke o necessário!
(Anigav - A ditadura militar acabou. Mas não acabou a opressão, a exclusão, a tortura, a morte, os desaparecidos. Hoje nos submergem na exclusão e na miséria, os mesmos que se diziam companheiros de luta! Não acreditamos que a democracia seja o melhor dos sistemas possíveis, essa é outra mentira de merda! Acreditamos em nós, e nos nossos, aqueles tanto anônimos que afiam seus sonhos de liberdade em cada rincão, nas ruas dos inimigos, acreditamos e lutamos pela Anarquia! Por isso estamos em guerra! Liberdade para os prisioneiros do Estado e do Capital!Liberdade para todos nós!
Amor e Revolução!)

MONÓLOGO DA MODA
Um pedaço de pano
Enfeita status quo
Que quo!
(Xenônio - "Meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências (...) Constato não para me adaptar, mas para mudar” (PAULO FREIRE))

segunda-feira, 13 de abril de 2009

MONÓLOGO DA AUTÓPSIA
Fúnebre jazz
Na cadência do finito
Jaz um corpo
Inerte
Lúgubre
Na decadência da movimentação.
(Anigav - Quanto mais investigamos aquilo ke pensamos compreender, de onde viemos, o ke pensamos, ke estamos a fazer, mais começamos a ver ke fomos enganados. Fomos enganados por todas as instituições.)


Disse a pétala
Escuta a pequena moeda. 50 cruzeiros. 1983.
Esquecida. Estação Piqueri.
Tudo é de todxs!
(Anun - Eles (os ricos) que paguem a crise)


MONÓLOGO DO MONÓLOGO DO MONOPÓLIO
O ciclo se fez em pedaços
Em pedaços se fez o ciclo
Na água
Que é de todxs!
(Anigav - O ke faz pensar por um minuto ke a instituição religiosa é a única que não foi tocadas?)



Ama
O sol
Brilho da espada
Reflete sangue
Arma
Zona
A lua
Amazônia
De quem?
Eu respondo
De todxs
(Anigav - Não te preocupes com os homens por detrás das cortinas. Existe algo por trás do trono maior que o próprio rei.)


A CEIA SEGUNDO UMA PEQUENA FORMIGA
Tudo é de todxs!
(Anigav - Dividir para conquistar é o lema, e enquanto as pessoas continuarem a se ver como separadas de tudo/todo o resto, estão-se a entregar completamente a escravatura.)


MONÓLOGO DA TERRA
A água percorre caminhos por entre a Terra
A Terra corre por entre as águas
Num equilíbrio natural.
Descobre ke terráquexs humanxs são cancerígenos y
De um equilíbrio não natural.
(Anigav - Um processo ke tem sido desenvolvido durante séculos e a milênios:Religião, patriotismo, raça, saúde, classe e todas as formas de identificação separatista tem servido para criar uma população controlada, totalmente maleável nas mãos de alguns.)


MONÓLOGO DO NAZISTA
No jardim da banca internacional
Flores incolores
Marionetes
(Anigav - Na primeira guerra J.D. Rockefeller fez cerca de 200 milhões de dólares com ela, para não referir que custou 30 bilhões ao estado...)


MONÓLOGO DO SKINHEAD
Marionetes de bonecos de bonecos
(Anigav - Não se pode haver maior agressão ao meio ambiente do que plantar soja e cana em lugar de alimentos para xs famintxs. Os resultados ecológicos e sociais são óbvios.)


Beijo no cóccix
Beijo no anus
Beijo
beijos no córtex
beijo no ano.
(Anigav - Dentro das jaulas presos, “nossos”, essa é a visão ke temos dos animais não-humanos; tal como as flores, ke “enjaulamos” em vasos. A captura da natureza privilegia o ter, a posse, como necessidade para admirarmos o belo.)


A pequena “baga”
No canto quieta
A espera do apreciador
Ou
Da apreciadora
(Anigav – Faça você mesmx não espere por ninguém)


MONÓLOGO DO PRAZER
Dois mais dois é igual a cinco
Fumaça y Elis Regina
Katarro bruto y violenta dizimação
Estilhaços de ódio y cadáver do ser supremo
Putrefação humana.
Rabiscar y cerveja sem rodeios.
Androginia y ódio
Prazer
Fazer
É só começar
(Anigav – sexta-feira)


MONÓLOGO DO ATOR/ATRIZ
O teatro vazio
Urbanicidade
No ar, apenas o cálice de fumaça.
A THC lhe presenteou com a idéia
Lambuza-se no palco
Rasteja. Beija. Esfrega a vagina.
Vira de costa. Fica um tempo
Só observando. 15 minutos.
Esquete para o silêncio
Jesus cristo. No crucifixo. Ereto. goza
Barratas. Y Soraia
A limpadora de teatro e atriz
Cria sua peça
Naquela dia.
(Anigav - Um documento do governo norte-americano informa que algumas drogas, como o glutamato monossódico, usadas para realçar o sabor dos alimentos artificialmente produzidos, “causam danos irreversíveis à retina e levam à destruição de células nervosas do cérebro em crianças em desenvolvimento”. E por que se usa o glutamato? Por nada – ou melhor, por tudo. Porque sua presença (pasmem!) destina-se apenas a “melhorar o sabor para a mãe que experimenta o alimento”. E quem confessou isso foi a própria indústria que fabricava “alimentos” infantis contendo esses produtos. Ou seja, para “ganhar” a mãe, dá-se à comida um sabor que envenena a criança, podendo levá-la à cegueira.)


MONÓLOGO DO EUFEMISMO
Sobre a mesa
Surpresa
Sob a mesa
Sobremesa
Eis a questão?
(Anigav – acabo de peidar)


MONÓLOGO DO MATE O POLICIAL QUE EXISTE EM VOCÊ
Um estampido
Tiuuu! Tiuuu
Silenciador.
O rubro sangue escorrer por baixo da porta
Besouro Coleoptera marrom bolinhas brancas sujou uma das patas
No caminho até o jardim.
(Anigav - Terrorismo: técnica utilizada por governos como forma de manipular a opinião pública para alcançar mais eficientemente um objetivo.Controle y poder)


VIDAMORTA
Acordar
Trabalhar
Comer
Trabalhar
Comer
Ir dormir
O tempo
Nosso iniamigo
São pétalas que caem
Outono industrial.
Fabrica de valores padronizados.
(Anigav - O capitalismo não só é antiecológico, como está condicionado a poluir. E destruir. É o próprio processo ke impulsiona o sistema a agir assim, na procura de sua sobrevivência, ke se pratica buscando o lucro. Como o processo é dinâmico, transforma-se, adapta-se, e, mesmo não mudando seu conteúdo, é normal ke ele planeje a longo prazo. As vezes destrói de imediato para lucrar no futuro.)


Os anticorpos
Foi condicionado como o cheiro
São marcas de produto interior bruto.
(Anigav - Os Estados andam a financiar os bancos que estão na bancarrota, esses mesmos bancos que despejam as famílias que não podem pagar as hipotecas!!!)


MONÓLOGO DO TER MAIS QUE O NECESSÁRIO
Economicamente perdido
O tio patinhas
Perdeu o ke é de Cezar.
Num pequeno buraco ke serve de escape para terraquexs alienígenas.
(Anigav - Houve um porém: o bolo não tinha cor, ficava meio branco e os consumidores o rejeitaram. Solução: corantes. O corante usado anos a fio foi um agente cancerígeno derivado do alcatrão da hulha. Mas, descoberto o crime, vetou-se o produto. Só que os industriais, espertos, não voltaram a usar o número de ovos necessário. Simplesmente obrigaram as galinhas a botarem ovos amarelíssimos.)


FLORESTA URBANA
Hexaclorodifenilmetano
(Anigav - A revolução é agora)


MONÓLOGO DA ELIS REGINA
Subi o morro cantando
“Não sei quantas flores
Mesmo assim vou me acabando”
Na fria noite de sexta-feira
Abutres sobrevoam o toca-vinil
(Mormodica charantia - OLHEM para os atos terroristas que ocorreram. A CIA está por detrás da maioria senão todos eles.)


O copo in loco
O bar da esquina
O olhar e o cheiro in foco
Da menina.
(Citrus limonon - “Um dia o sol irá se pôr para sempre...”)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

livre

NA FLORESTA URBANA A CARNIÇA É FARTA
No jardim urbano
A única FLOR que RESTA
Tem o polegar opositor
(Nanû – “Quando o poder do amor se sobrepuser ao amor ao poder, o mundo conhecerá paz” – Sri Chinmoy Ghose)

Palestina Israel
A tartaruga jabuti
Teve seu caminho interrompido por concreto

(Quelé - As leis promovem o silêncio, a submissão e a obediência)

Lilith a barata blattaria negra amarela
Junto aos vermes
Desfila na passarela
No cadáver de Sharon
(Damiana - O mundo caminha aceleradamente para uma política cada vez mais suicida.)

A pequena toupeira chorou
Ao ver o pequeno pardal
Atravessar o muro
(Anigav - “Dá-me o controle do fornecimento de dinheiro de uma nação, e não me importarei mais com leis” M.A. Rothschild – fundador da dinastia bancária Rothchild)

SENHORES DA GUERRA
No galho da oliveira
Um pequeno flor-beija
Observa humano com armas.
No avião que sobrevoa
Um pequeno humano
Observa humana com armas.
Na terra ao lado de uma pedra
Uma pequena formiga
Observa humano com armas.
Na sala ao lado de um telefone
Um minúsculo humano
Observa morte como lucro.
(Anigav - Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas do ke os exércitos. Se os americanos permitirem à banca privada controlar a moeda, os bancos e as corporações ke irão crescer à sua volta irão privar as pessoas das suas coisas até ke as suas crianças acordem sem lar,...” – Thomas Jeferson)

IRAQUE, PALESTINA, 1ª GUERRA, 2ª GUERRA, PEARL HARBOR, VIETNÃ...
Atos
De um quebra-cabeça
Montando antes dos
Fatos.
Atos e fatos
Pré-fabricados
Para haver um único vencedor.
(?) safados!
Os banqueirxs!!
(Anigav - “se quiserem continuar escravos dos bancos e pagar pelos custos da vossa própria escravidão, deixem-nos continuar a criar dinheiro e a possuir o controle sobre o credito da nação” – sir Josiah Stamp)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

crianças

MONÓLOGO DO ESTABELECIDO
Na floresta densa.
Pássaros
Na floresta tensa.
Abutres sem asas.
(Nanû - Quem é realmente meu/minha amigx?)


MONÓLOGO DO SEXISMO
Na floresta do sexo
Os pequenos beija-flores acasalam-se
Na floresta do sexo
Terraquexs humanxs copulam-se.
Na floresta do sexo
O prazer
Tem ke ser
Plural.
(Nanû - respeito os outros seres?)


MONÓLOGO DA ANTIARTE
Nada
Dada
Nada
Dada
Fica sussu
Segado
Fuma um nada dada dadanada.
Faça dada mesma
(Nanû - já se observou no espelho e perguntou a si, quem sou eu?)


BIQUEIRAS
Na esquina
As armas
Apóiam a miséria.
As drogas
Suavizam a miséria
Na esquina.
As igrejas
Na esquina
Aumentam a miséria.
(Nanû - Na ponte de Gorgopotamos, uma faixa grande foi pendurada, com o escrito: "Ficar sentando no seu sofá é cumplicidade".)


MONÓLOGO DO PLANETA
No meio
No meio do caminho tinha um Carlos
Tinha um Drummond no meio do caminho
Tinha um Carlos
No meio do caminho tinha um Andrade.
“Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho”
tinha um planeta
ke putoeta como eu
Ajudamos a la destruir.
(Nanû - Liberar nossas fantasias sexuais e desejos é perigoso para este sistema rígido. O capitalismo não quer pessoas sexualmente livres.”)


A MENTE MENTE
O trabalho mata a vida sexual
Das sete às seis da tarde trabalhar
Das seis a sete no ônibus andar
Das sete as oito e quinze, outro ônibus andar
Das oito e quinze as quinze pras noves. Chegar em casa.
Banho tomar para depois jantar
Das nove as dez a digestão e assistir a televisão
Novela aliena.
Das dez dormir para cedo levantar
Assim a vida levar
To cansado.
(Nanû - A criatividade, a energia criativa é podada pelo trabalho.)

DUAS CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS CONVERSANDO
Papai
Papaiii
Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Morreu.
(Nanû _ somos todxs palestinxs)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

mais putoesiass

CREMATÓRIO DOMÉSTICO
Asco
Sinto a ver-te
Com um cadáver
Na boca
(Nu - O trabalho mata a criatividade)


NÃO SEJAMOS ESPECTADORES DE NOSSA VIDA
No palco
Os espectadores observam
A personagem.
No alto
A pequena observa
O palco
Sem os espectadores
Aranha.
(Ney - Pintor de bueiros, becos, vielas y postes)


As IDÉIAS de Aral. 3 anos. Tem como IDEAIS a conquista da LIBERDADE. IDEOU?
(Palestino – Vivo ou vivo para xs outrxs?)


Jhon Rockefeller sofreu um acidente. Foi de repente. Justamente quando a gente estava limpando a 45, que ia ser usada para outro acidente proposital.
(Anigav - O que é o mundo para mim?)

RECICLE Y PRODUZA OU MORRA CONSUMINDO!!!
No telhado de barro
Quintal de Pedrinho
Canta o sabiá
Onde ali perto um jão-de-barro
Sabia reciclá
Para sua toca conspirá.
(Hexaclorofeno - Aracruz Celulose, Vale, Petrobrás, Arcelor Mittal e Samarco, injetaram milhões de reais nas campanhas eleitorais dos políticos capixabas. Na lógica coronelista do “toma lá dá cá”, a Feira do Verde representa um local privilegiado para a retribuição desse “favor”, devido a quantidade de circulação de pessoas. Diariamente, nossas riquezas naturais (minério, árvores/água, petróleo, mármore) são arrancadas da terra e exportadas em toneladas para os EUA, a Europa e a China.)


MONÓLOGO DO ORGANIZA-TE
Fundo do mar
Um grande predador se aproxima
Pequenos peixes batem em retiradas
O tempo
Iniamigo
Fundo do mar
Os pequenos peixes numa performance
Numa miragem de um peixe maior
Faz fugir o predador.
Quando os de baixo se movimentam
Os de cima caem.
(Rasmim Hallai - Eu sou eu?)


MONÓLOGO DA NATUREZA COMO ESPETÁCULO
Num museu?
Ou...
O museu num?
Num quadrado
Ou...
Um quadrado num?
Numa caixa?
O que acha?
(Rarkatim kaskazim - Você é você mesmo?)

Ana amava Ana. O tempo nosso iniamigo mostrou-lhe que Ana amava sem ser amada. E Ana se apaixonou por Anigav que se sentiu atraída por Ana ao vê-la numa festa em que Ana era a aniversariante do dia.
(Katita - Eu realmente vivo ou sou um morto vivo?)

CHUVA DE CIFRÕES
Na pequena floresta
Enfeita a parede do senhor das armas
Que vive de fabricar guerras
(Anigav – Viva a palestina livre)

MONÓLOGO DO PECADO ORIGINAL
Original foi Lilith
Que deu origem a
subversão
(Anigav - Quem é você?)


CAMINHANDO... CAMINHANDO
Chão batido. Asfalto. Pedra. Grama. Areia. Mato. Bueiros. Vielas. Pontes. Água. Camizinhos. Caatinga. Ruelas. Trios. Trilhos. Rua. Avenida. Escadas. Árvores. Galhos.
PLANTE UMA árvore pra fazer sombra
Quando continuar meu caminho falarei com ela
Cadeia – prisão – solidariedade aos presos, presas. Gelo. Nuvens. Cannabis sativa. Teatro. Performance. Peido. Cagar.
Nosso grito rompe o concreto e viaja pelas frestas erva daninha farpas
NESSAS PALAVRAS ATRAVESSAM O TEMPO Y SE UNILAMBUZAM na vida PRA FRENTE
Não nos calaremos NOSSO RABISCOS DERRUBAM MUROS Y GRADES
Pode ter certeza
É forte como a tempestade que varre o mundo
estabelecido
Quero ser livre
Como um verme que rasteja por entre galhos e folhas caído da grande Obaoba na floresta
Kongo. África
Operário das ruínas que se delicia com o vazio humano
Com cadáveres humanos!
Quero ser livre
Como a pequena folha que se soltou atravessando
O muro da vergonha
Livre
Para ser eu mesmo.
(Adriano - Acidez: sensação que algumas mulheres apresentam de ardor e queimação na uretra. É provocado por mudança do pH urinário (alergia alimentar) ou mesmo uretrite pós-coito. Pode ser tratada com chás e/ou compressas quentes e banhos de acento. Abacaxi, urtiga roxa e salsão.)


MONÓLOGO DO CLIMA NA ESTAÇÃO ALVORADA
Inverno,
Que é amigo do outono;
Que é amante da primavera;
Que é irmã do verão.
Juntos, assassinaram
Na estação
A padronização
Do tempo.
(Picloram - “Somos o Coletivo Contra a Coca-Cola; um grupo formado principalmente por universitário/as interessado/as em organizar campanhas desde distintas cidades contra a todo poderosa multinacional The Coca-Cola Company”.
A luta contra a Coca-Cola não é nossa (o dia 22 de julho foi declarado, no Fórum Social Mundial de 2003, como “Dia Internacional Contra a Coca-Cola”), mas nós fazemos parte dela conscientes dos múltiplos abusos cometidos por esta empresa de terror: colaboração com o paramilitarismo e assassinatos de sindicalistas da SINALTRAINAL na Colômbia, secagem dos aqüíferos que utilizam os camponeses na Índia, espalha o lixo tóxico resultante dos processos de lavagem de vasilhame por vastas zonas agrícolas indianas pobres, hidropirataria (roubo de água), contaminação de rios, desalojamento de camponeses em todas as regiões do mundo, financiamento de guerras (entre elas a guerra do Iraque), vender refrigerantes misturados com elevados níveis de pesticidas etc.
São tantos os crimes dos quais são acusados esta multinacional como das diversas marcas de bebidas que possui na atualidade (mais de 400!).
“Também esclarecemos que a Coca-Cola não é nossa paranóia; não é mais que o eixo central de todas nossas lutas contra as multinacionais que oprimem aos povos por todo o mundo. É, portanto, uma luta que abrange também a multinacionais como Pepsi, Nike, Monsanto, Microsoft, Nestlé etc.; porque nossos objetivos são destruir a beleza que pinta o capitalismo com anúncios como os da Coca-Cola, e lutar pela dignidade humana que dia apos dia irá destruindo o sistema”.
O Coletivo Contra a Coca-Cola trata de promover campanhas de conscientização para informar a todo o mundo, ainda que em especial aos universitários, sobre a outra cara das multinacionais. Agora mesmo o coletivo atua nas cidades de Palencia, Valladolid e Burgos, com a ajuda de alguns universitários que, voluntariamente, tem decidido participar nesta luta.
“Nossa meta agora é estender nossas redes locais aglutinando diversas pessoas que queiram colaborar conosco (começando pelos paradíssimos e letárgicos estudantes de nossas universidades), e também exportar as campanhas do coletivo as universidades de outras cidades (entrem em contato conosco através de nosso correio eletrônico)”.
“Queremos sacudir consciências, confundir aos progressistas de hoje que melhor têm se adaptado a este sistema do grande capital (veja-se, por exemplo, todo/as aquele/as "revolucionário/as" que numa golada só acabam com uma garrafa de Coca-Cola... Sem atirarmos rosas, que tão pouco nós somos perfeito/as, mas evitamos à todo custo seu consumo e sua venda), e, é claro, dar um toque de atenção ao/as universitário/as que cada vez andam mais submissos e submergidos no consumismo... E, definitivamente, queremos tirar a Coca-Cola de nossas vidas e de nossas universidades (e com ela todos os produtos associados ao "bem estar"... do grande empresariado)”.
Por último, convidamos a todo/as, e, em especial, aos estudantes universitários a repassar mais informações sobre este tema.. E nada melhor do que darem uma passada pelo blog que criamos e ler alguns de nossos artigos e notícias publicados até agora.
Porque conscientizado/as do problema que suscita a presença da The Coca-Cola Company em nossos espaços públicos (hospitais, universidades, praças, estádios e centro poliesportivos....), estaremos começando a mudar nossos hábitos consumistas. E assim, juntando nossas vozes, conseguiremos difundir a outra cara das multinacionais, a que não sai nos meios de comunicação.
Só assim conseguiremos, pouco a pouco, fazer deste um mundo mais justo e mais humano, livre do terror que nos vende este sistema neoliberal no qual sobrevivemos.
Ânimo, estudantes, estamos abertos a todo/as vocês! Não pensem duas vezes em entrar em contato conosco para qualquer coisa..
Contra a Coca-Cola, resiste!
Coletivo Contra a Coca-Cola, em tua Universidade, na de todo/as nós!
Contato: c.contracocacola@yahoo.es

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Putofarpas

ROUBE SUA VIDA!
Não adiantou nada...
Acreditar no sufrágio universal
Votar no menos ruim;
Não adiantou nada...
Dizer palavras bonitas para outro umbigo;
Dizer obrigado.
Falar baixo;
Não adiantou nada...
Consumir mais lixo só para sentir-se enturmadx;
Não adiantou nada...
Nada adiantou...
Os ricos continuam explorando mais e mais
Diante disso tudo o que você faz?
Cruza os braços e a mente;
Não adiantou nada...
E nada vai adiantar se vos mice
Não roubar sua vida de volta
Roube-a antes que nada,
Vá adiantar.
(Anigav – O natal é a época em que se mata mais seres no mundo)


A poesia fumava seu baseado
Tempo depois
Putoesia

(Anigav - Foda-se o progresso importado)


EBENDAZOL TIA BENDAZOL
LOVODROPROPIZINA

O tempo não passa de uma mercadoria na loja da esquina
Se esvai. Vai vai vai
Passando. Cosendo. Cozendo.
A bomba
O relógio oprime a surpresa
Tic tac
Bummmmm
O tempo foi aprisionado para manter o controle de não ter mais tempo
(Anigav - Porque as multinacionais não plantam nas terras ke compram nos países subdesenvolvidos?)


A pequena aranha
Flerta com a rolinha
Numa plantação de cannabis sativa.

(Laura - Provavelmente as multinacionais já tenham detectado o perigo e assaltam as florestas amazônicas para ter assim mais terras para cultivar e continuar oprimindo os povos aos quais fornecem grãos. E a floresta amazônica será destruída sem benefício algum. A destruição da floresta tropical sul-americana talvez seja o último delito ecológico do capitalismo.)

Na plantação de cannabis sativa
A pequena aranha
Flerta com a rolinha

(Fitoplâncton - Declaramos guerra à natureza e somos os perdedores ao vencê-la.)

OTROBA
Anigav abortou
Noite fria. Inverno. Palestina.
A idéia de mais humano na terra e na Terra.
(Ananas sativus - “eu acredito que a disseminação do Catolicismo é o meio mais horrível de degradação política e social deixado no mundo” – Charles Dickens)

ABORTO
Na plantação de cannabis sativa
A pequena mãe tiziu salva-se
Ao ver a colheitadeira se aproximar.
(Anigav – na justiça deus morre)

MONÓLOGO DO SORRIR, PULAR, DANÇAR SEMPRE!?
A felicidade é status quo?
Covarde são aqueles que a mendigam
Ou a felicidade é um aparelho celular?
Em que o quo invade nossas mentes.
(Anigav - É possível ser sensível, é preciso ter bondade e é melhor ser inventivo)

MONÓLOGO DO QUE SE VÊ
O pequeno grilo
A doença sendo receitada para o paciente
Vê.
(Estigma maides - “O Capitalismo Despedaça nossos Corações”)


Lentamente pela savana africana caminha o velho elefante. Suas patas fazem levantar poeira. Seus olhos observam a seca daquele momento e uma pequena iena perdida e cercada por três leões. Lentamente pela savana urbana caminha o velho humano. Suas patas fazem levantar minúsculas poeiras. Seus olhos observam a seca daquele momento e uma pequena gata perdida e cercada por três cachorros. Lentamente pela savana das palavras caminha x novx rabiscadorx. Suas escritas fazem levantar putoesia. Seus dedos observam a seca daquele texto e uma pequena mosca perdida na teia da aranha no canto da mesa. Quem você acha que vai ser solidário.
(Taraxacum off.- QUANTO VALE SUA consciência?)



No quintal de terra
A terra brincava com o pequeno pardal
Banho do dia.

(Penax ginseng - “A religião é o que impede o pobre de matar o rico.”)


A boca
Esculpiu flores
As flores esculpiam dores
De um sol ke se flor(esce)
Sem dizer um só ruído.
E se foi
Foi-se também
Amores
Incondicionais
Que foram esculpidos
A boca.
(Tordon 155 – “Infeliz é o povo que precisa de heróis”)

FORTALECE
Chegando ao barraco de libélula
O jabuti
Chegou chegando na solidariedade.
(Edinho - Se todo mundo fosse anarquista, não haveria exércitos e não haveria guerras.)


No deck Kaaotic Orchestra
Na lápide da Coca cola company
O corvo se delicia com o gran finale

(Zé Carlos - Emma Goldman, disse: se o voto mudasse alguma coisa, eles tornariam isso ilegal.)


Na avenida principal
Duas pedras enamoram-se
Vidraça da multinacional mc donald´s esfacelam-se

(Arctostaphylos uva-ursi - "Só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, e só tenho dúvidas quanto ao universo". - Albert Einstein)

MONÓLOGO DO VALE A PENA?
A pequena andorinha se perdeu de suas companheiras.
Cansada resolveu parar
Num pequeno pedaço de papel
Onde escreveu uma carta a suas companheirxs.
(Anigav - Viva e deixe viver. Touradas, rodeios, farras do boi, vaquejadas, circos com animais, rinhas, zoológicos, pássaros em gaiolas... É TORTURA não é arte nem cultura!)

MONÓLOGO DO ABUTRE SOBREVOA CAMPO DE CONCENTRAÇÃO 2008.
Uma árvore seca
Pintura com o vento faz
Sombra disputada a dentes
Terráquexs não humanxs.
Grades de humanx
Tristeza absoluta jaz
Absoluta tristeza faz.
(Anigav - "Não haverá Natal neste ano, a Virgem teve um aborto", foi uma das frases mais pichadas ontem pelo centro de Atenas.)